quinta-feira, 26 de junho de 2014

Os textos e as ideias construídas pelos escrevedores durante o Ateliê (express) de Dramaturgia Escuta! podem ser ouvido aqui:

https://soundcloud.com/ateliededramaturgiabh

quinta-feira, 19 de junho de 2014



1 dia de ateliê

- Ir para um lugar externo e se colocar como ouvinte de tudo.
- Escrever um relato, uma descrição, a partir da memória sobre tudo que se ouviu. Descrição técnica, exata, poética.
- Quais conceitos, situações, realidades, formas, dificuldades encontradas?
- Entregamos essa descrição a uma outra pessoa. Eu recebo, leio, decodifico esse texto de uma experiência alheia. E crio algum texto a partir de um outro texto sobre o som.




2 dia de ateliê

Ir para algum lugar externo ou interno como ouvinte de tudo, mas com um gravador. Interagir ou não com esse espaço-tempo, com as pessoas… Deixar gravando e sair ou presenciar. Gravar.
- Entregar esse material para que um outro participante do ateliê ouça.
- Como recebo um texto-som? Como eu recebi um texto-texto sobre o som, no dia anterior?
- A partir desse áudio cada escrevedor então cria um texto. Livre.
[Dia do jogo da COPA] - Fomos para um bar, alguns escrevedores, e gravamos tudo. Cada um de um lugar da mesa, mesa grande, com diferentes pessoas e assuntos concomitantes.
- Alguns transcreveram e leram algumas passagens no dia seguinte de ateliê.



3 dia de ateliê

- Agora, depois de levantar conceitos sobre essas experiências sonoras, e cada um já com algum interesse particular sobre o tema, cada um teve cerva de 1h para ir em busca de gravar suas ideias, recolher sons, paisagens sonoras…
         - Se a língua portuguesa acabasse e você pudesse deixar apenas uma palavra, qual seria?
         - Eu estou colhendo vozes. Você poderia falar uma palavra cheia da sua voz para mim?
         - Você se lembra da primeira vez que viu o mar? Como foi?
         - Estou querendo marcar um horário (dentista, academia, aula de capoeira…)
         - Essa loja tá aqui desde quando?
         - Viagem de metrô.

- Realizamos um trabalho de transcrição. Trabalho árduo, que requer paciência. Diversas descobertas na transcrição. Como transcrever expressões não usuais? Sensações? Tempos que se dão na fala e são a essência da comunicação?
- A partir desse trabalho, cada escrevedor teve tempo para criar um texto que se queria dramático.
- Lemos alguns desses textos.
- Diversas questões surgiram e foram discutidas.




4 dia de ateliê.


5 minutos para fazer um brainstorm sobre suas ideias para um escrita a partir dos áudios e experiêcias colhidas.

5 minutos para escrever o oposto. Tudo que não se quer.

5 minutos para descrever o que será essa cena, o que é? O máximo de informações possíveis. O que acontece.

Reduzir tudo isso a 5 linhas. Uma sinopse.
Reduzir a uma frase.

15 minutos para apresentar quem habita esse texto. Quem: vozes, personagens, espaços. Como sua ideia é habitada? Como é apresentada ao mundo?

5 minutos para se pensar e escrever o espaço. O conceito de espaço. Os conceitos dos espaços dessa cena.

5 minutos para se pensar  e escrever sobre o tempo. A noção de tempo dessa cena. Que ela ocupa no total, na representação, no fabular, dos personagens.


Móbile de Perguntas:

O que é estilo ou não? As transcrições nos mostram que a fala do cotidiano de muitas pessoas é extremamente poética e cheias de figuras de linguagem. E por que não escutamos com esse valor?


segunda-feira, 16 de junho de 2014

https://soundcloud.com/ateliededramaturgiabh/leitura-do-1-exercicio-atelie







1- Que/Qual som que a gente constrói perante uma imagem. (??)

quinta-feira, 12 de junho de 2014

III Ateliê - Escuta! Dramaturgia e Som.


5 dias de experiências em sonoridades e escritas. Esse ateliê surge a partir de ideias de exercícios, do processo criativo da cineasta argentina Lucrécia Martel e das das experiências que temos realizado com nossas famílias - gravações, vídeos, observações.


||__ Escuta!

- Histórias orais: estruturas das falas e das conversar;
- O som como maneira de compartilhar a percepção de alguém;
- Quando alguém está falando, não pensa em um diálogo entre duas pessoas em que um fala, e o outro responde: não são todas as linhas de um diálogo que estão voltadas ao interlocutor;
- Não há parâmetros nem gêneros definidos nas conversas;
- Para Lucrecia, essa ideia de que os personagens não estão apenas falando de si - mas convivendo cada qual com um mundo de pessoas que não está presente - é muito valiosa para escrever diálogos, assim como crer no processo de dissolução é muito importante para dirigir o ator;
- Imergir;
- Estética sonora;
- Ideias sonoras;
- Atmosfera sonora;
- Qualidades táteis do som;
- O som fora de quadro (que desautomatiza a imagem);
- Som enquanto signo;
- O inconsciente do som - [E há ali uma coisa muito interessante que é a questão do inconsciente do som. Como existe o inconsciente da imagem. Isso é uma coisa interpretativa. A memória inconsciente do som como existe uma memória inconsciente do tempo. Ali, com esse processo, eu percebi uma diferença em pelo menos três sons de silêncio. Existem numa determinada trilha três silêncios diferentes. Por aí você pode ter um indício do que significam as dificuldades e a necessidade de um ouvido ocular, de um ouvido atento para sentir todas essas experiências, essas mudanças que estão ali e que são justamente esses significantes que vão montar a coisa.] - http://www.ufrb.edu.br/cinecachoeira/2013/11/vestigios-de-um-encontro-com-julio-bressane-por-uma-dramaturgia-do-som/
som como elementos de sintaxe do discurso.
 o som como vestígio, o som como memória, sempre como acúmulo de memória, etc.
- (…)
espaço imagético e sonoro diferenciado

||__

Pequeno trecho da minha experiência. Natal 2013. Interior. Parte da família reunida. Roça. Histórias de mais de 100 anos. Total gravado 3h.