quarta-feira, 24 de abril de 2013

10 min.

Ficha:

Cada um faz duas fichas.

Nome:
Idade:
Signo:
Profissão:
Nacionalidade:
Perfil  Psicológico
Perfil Físico
Perfil social
Particularidade:
Desejo:

OBS do seu personagem (Livre).

Cada escrevedor escolhe 2 fichas e cria uma cena. Num dado momento pedimos para que parem -independente de onde se encontram na construção do seu texto - e escolham uma 3 ficha. Este personagem tem que entrar e fazer parte da cena, de forma ativa.



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Reflexões sobre seu processo de escrita.
Sara falando:
tendo a ir pelo lugar comum.

Marcos: "Eu coloco um objetivo. O de hoje foi a informação do aborto. E então vou escrevendo até chegar lá... tentando colocar informações, decupar..." Para marcos o trabalho de estilo vem depois.

Soraya: eu sinto que a tensão está em mim e não no meu texto. Fico perdida.

Raysner: "71 fragmentos de um acaso".
"Um homem sério"

Leitura do texto da Sara.

Leitura do texto da Soraya.

E se(s)!

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Hoje senti que o ateliê seguiu mais firme. Mais assentado, mais ciente de si. É um processo. Quase não percebi ansiedades hoje. E aos poucos a discussão dos temas vai se dando por si. Vamos criando um vocabulário, vamos reconhecendo territórios para atravessá-los.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Dia 17-04-2013

Espaço, ideia sonora, luz, relação com público, objetos -

Espaço

Sem combinar nada.

individual

cena anterior

cena posterior

Duplas: João e Ana / Marcos e Marília

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2 fase exercício: Eles alteraram pouco. Transformaram pouco.

Henrique (chapeuzinho vermelho?): muito sobre a memória e o esquecimento


Marcos: Ação de A (chorar), "eu vou morrer, eu que devo sofrer".

João: acrescentou final mutação.

Marília: (colocou nomes nos personagens)

Ana: trouxe um espaço + cotidiano humanizado em certa parte do texto. Foi a q mais modificou. Que voz é essa que fala?


HENRIQUE

ANA - leitura do memorial descritivo - ESTOU SOU / Lugares que fazem parte de mim. (...)

Parte das listas.

Espaço: não lugar.
Formato: perfomance + instalação videográfica
Gestos em looping

ação do corpo em espaço não lugares.  (essas ações são fuga para não observar os não lugares?)

sábado, 13 de abril de 2013

Primeiro exercício -

1) Os textos foram bem curtinhos e econômicos. Porque? Direcionamento? Tempo do exercício? Preferimos apenas dizer: fazer um diálogo.

Frases curtas como resposta e pergunta. Dá para perceber o que nesses textos?

Com esse texto em quais direções você consegue ir?

Segundo exercício -

Acho que seja melhor definir um pouco a situação (uma separação, um assassinato...) E deixar + claro que os textos, na primeira escrita, tem que estar envolvidos com o desfecho.

CADA UM IMAGINA UMA SITUAÇÃO CONFLITUOSA ENTRE A e B.!!!!!

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Vinícius: sobre

Módulos para composição teatral.
Módulos disponíveis : a junção deles cada hora dá uma obra. (Matéi Visniec)
Noelle Renaude
Jean Fabri

Para semana que vem.

Exercício
O da memória de alguma situação? Transcrever? Transcriar?
Exercício dos bilhetes? das listas?

Questões para se refletir (ou não) no seu texto. (espaço, tempo, personagem, ação, linguagem...?)


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Projetos pessoais:

Marcos: Aña Marrom - Stela com poucas falas e vai ganhando espaço. O cara que faz as narrativas, vai perdendo texto e vira o filho de Stela. há um inversão.

João: marcos usa + "ela" e não STELA. o sujeito fica indefinido.

João: Primeira narrativa (ambiente universitário)Romer Nouvelle Vague.

Marília: texto teatral com indicações cinematográficas.

Raysner: desmemória.








sábado, 6 de abril de 2013



*** Oficina de dramaturgia com Aristides Vargas (Teatro Malayerba) ***
 Lima, Peru. Maio de 2009.

Revendo meu diário.

19.05.09

  - Existem dramaturgias. Somos uma forma narrativa. Nossa cultura (religião, história...) é uma forma narrativa, que não depende do mundo moral, mas de uma forma.
  - Não temos que escrever NADA que não queremos. O que temos que escrever pertence a nós mesmos.
  - O autor/escritor/ator/público acredita escrever/fazer/ler as palavras de um teatro. Mas 'teatro' é apenas uma construção, um edifício. O que acontece nessa junção é algo inexplicável. Esse acontecimento que ocorre dentro do 'teatro' é a arte de empurrar alguém.

  - Personagem na escrita: falaremos de forças e não de personagens. Este é um vetor, uma força.
  - No teatro existem escrituras (ator, cenário, luz, texto...)
  - As forças desses vetores não se esgotam, por isso existem diferentes leituras. A força é um enigma.

  - Uma obra artística só pode ser explicada por outra obra artística.

  - O que vejo/escrevo/atuo é o que necessito ver/escrever/atuar. Há um grande abismo entre esses dois lugares.

  - Os exercícios de escrita são, servem, como aquecimentos. Igual fazemos aquecimento para o corpo. Escrever, pensar precisa desse treino. (Na ocasião da oficina nós realizamos alguns exercícios, dentre ele o de construção de gregerías.)

  - Modalidades de monólogo. (esse termo é um pouco equivocado, uma vez que entre ator e público não existe apenas um ser.)

      - Ficcionalizar o público;
      - Falar para alguém que não se vê;
      - Falar para um personagem real;
      - Falar para alguém que está longe no tempo e no espaço (*era o mais interessava Aristides naquela época.);
      - etc...

  - O ato de escrever/escutar/ler são distintos.
  - Aristides falou muito sobre a Presentação no teatro. Cada vez mais, o teatro mais autêntico e presente.

  - Como transferir para a cena o que escrevemos? As palavras que escrevemos são autorias. É preciso ser generoso: a 'ditadura' não é saudável no processo criativo. A prática ocidental do teatro, a nossa, NEGA o outro para afirmar o seu.

  - TODAS as vidas são extraordinárias.

20/05/2009

  - Exercício partindo de uma fotografia. (Imagens teatrais - [?])

      - A foto não é estática, tem movimento. É um start na ação, não ação ainda. A foto abandona o tempo da fotografia e passa ao tempo do teatro. O que a foto transmite: atitudes, sentimentos, atmosfera.. Primeiro transpor a imagem da foto (dos vetores) ainda estáticos e dizer todo o texto da cena que escrevemos (distribuir falas) parados. Como se a foto falasse. Depois, no processo, ir ganhando movimentos. Agora não estamos no campo das palavras, apenas.  Mas no campo do teatro, na [mecânica da imagem]
  - Como se dá esse diálogo? 

  - Eu (Aristides) vejo que a importância do teatro é dia que não dizem. Mostrar formas que não vemos.

  - O teatro é um grande acidente e o que fazemos é nos disponibilizar para esse acidente.

  - COMO A MEMÓRIA ESCREVE? De forma muito aleatória, singular, e nós guardamos o que necessitamos. É preciso se deter um tempo nessa busca. A humanidade só existe por conta da sua memória. 
ASSIS --> Ideia de um exercício de escrita: buscar na memória algum fato que te marcou: um acontecimento na família, por exemplo, uma cena com um desfecho que mobilizou várias pessoas, como numa festa de final de ano, por exemplo, alguma confusão...etc. Algum fato que nossa infância. Transpor com a maior quantidade de detalhes possíveis. Depois escrever uma avaliação do que ocorreu, um senso comum daquele fato. Depois reescrever a cena, mas mudando a 'realidade' do ocorrido. Mostrar que aquele senso comum estava errado. Analisar os fatos de modo a mexer no enredo. Agora são personagens. Dar voz à quem ficou calado, calar quem mais falou na cena real, criar outras possibilidades.

  - QUANTO de verdade tem nisso que você está fazendo?

  - O ensaio serve para o DESEJO. Os exercícios de escrita também servem para os desejos.

OBS:.  
     - Sobre os exercícios: Aristides pede para questionar a lógica das coisas. O sentido artístico não é lógico! DES-RACIONALIZAR nossa criação. Em "Nuestra señora de las nubes" a pergunta que Aristides se fez foi: como representar um sonho em que um espaço é uma cidade e um passo dela já é outro país?

  No teatro o ROUBO CRIATIVO é LEGITIMADO. Isso devia ser mais expandido para fazer pensar mais o sentido de TERRITORIALIDADE.

DIa 21/05/2009 - Dia prático de transposição do texto às cenas. As observações estão diluídas já nos textos anteriores.


sexta-feira, 5 de abril de 2013

Primeiro encontro do ateliê dia 03/04/2013


Observações:
1 - Começamos atrasados, quase 30 minutos. Tentamos esperar todos estarem. 
2 - Por ser o primeiro dia, acho que falou-se muito. Foi bom. Mas não conseguimos concretizar nossos objetivos de ler os 3 textos que levamos e fazer os 2 exercícios iniciais. 
(serve para pensarmos no ateliê da funarte). Penso ser mais produtivo fazermos os exercícios primeiro de falar tantas coisas. Pelo menos uma sensação de esforço, de atividade, de ação pela escrita, antes do pensamento, das palavras faladas. 
3 - Contudo foi interessante nosso primeiro encontro e as pessoas se mostraram interessadas.

Algumas pessoas disseram que estavam indo ao encontro sem saber o que poderia ser o 'ateliê de dramaturgia. Em Belo Horizonte este projeto é pioneiro. 

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SARAH: formada em teatro e letras.

  - Disse que gostava mais de escrever prosa-poética do que (dramatugia) teatro. E suas experiências a levaram à dramaturgia. 
  - 'Não quero um lugar superficial'. 
[ o que difere os gêneros? o gênero é uma questão? ]

  Projeto inicial: Sarah levou 3 ideias. Mas concretamente não disse do que se tratava as 3. Leu uma delas. Um texto grande, que parecia estar pronto. Ela disse que havia começado como um conto poético, mas que no caminho havia alguma coisa de dramático. Ela gosta de pensar o texto no papel, a disposição das palavras, a arquitetura, onde vira a página. É um texto desmontado.

SORAYA: formada em teatro e letras.

  - 'Não tem um dramaturgo que me atenda'. Eu quero ser a (dona) responsável pelo meu discurso.

  Projeto inicial: Soraya não levou nada escrito mas disse: 'eu quero fazer um teatro político a partir da minha experiência'. Identidade NEGRA. Ela se incomoda muito com a forma, vulgar, que alguns escritores falam desse 'lugar' do negro. Mas Soraya disse uma sinopse do que quer: "Eu quero escrever um texto sobre uma menina negra que queria ser paquita."

HENRIQUE: formado em teatro e história.

  - Disse que o contato que teve com dramaturgos (cursos e oficinas) foi muito teórico.
  - Só consegue criar a partir de vários estímulos.
  - Não tem muita experiência com a escrita.

  Projeto inicial: Talvez tentar algo relacionado a um projeto que está desenvolvendo (com duas amigas). O tema começou sendo o fracasso, depois o tempo. Está lendo a obra de Virgínia Wolf (Orlando). É sobre uma mulher que acorda homem. Lendo também um texto de Gilberto Noll.

MARÍLIA: formada em cinema.

  - Questões com a profissão de roteirista, as diferenças do cinema e do teatro.

  Projeto inicial: Quer trabalhar sobre a figura andrógina. O travesti. Mas não quer caricaturar essa figura, não quer fechar numa específica. Está buscando o que quer dizer sobre isso.

JOÃO: formado em cinema, comunicação.

  - Procura no roteiro, alguma coisa de dramaturgia, algum valor literário. Disse que ninguém compra um roteiro para ler. É muito pobre essa área, é muito técnico. Que o cinema que mais tem crescido é o documentário, o vídeo, que falta a tradição de qualidade dramatúrgica nos roteiros.

  Projeto inicial: Pensou em trazer um de seus roteiros. Não sabe como ter uma ideia. Tem desejo de trabalhar com diálogos curtos.

MARCOS: formado em teatro, mestrando.

  - chegou atrasado. 

  Projeto inicial: Trazer o texto que está desenvolvendo para o projeto Janela de Dramaturgia. Seu texto já tem um nome: 'Anã Marrom'. Esse é um conceito astronômico: é um corpo celeste que não é nem planeta nem estrela. Esta no meio dos dois. Não tem tamanho suficiente para criar sua luz própria.

ANA: formada em comunicação. mestrado em história. Performer.

  - Tem interesse em roteiro. Pouca experiência em dramaturgia.
  - Gosta de escrever em forma de LISTA. Não se preocupa com o que é ou não dramaturgia.
  - Comprou um caderno novo para o ateliê. E isso é muito bom, pra ela.

  Projeto inicial: Pensa em fazer algo relacionado a um trabalho que tem que desenvolver para uma disciplina da pós-graduação em performance. Não tem ideia de nada ainda. Tem GRANDE interesse na escrita performática.

RAYSNER: formado em teatro.

  - Sempre escrevo sozinho e chamo as pessoas para montarem.
  - Tem achado difícil trabalhar com coletivos criadores e ser o dramaturgo no meio desses processos.

  Projeto inicial: Trouxe um argumento. É um trabalho que está desenvolvendo para um TCC. Algumas frases: "Ela faz tudo sempre igual. Uma mulher. Assim é sua vida. Como sua mãe, sua avó, sua bisavó. Mas tem a TV. Ela não acha ruim sua vida. Achar o que? Mas e se um dia ela pudesse ir lá na TV cantar? Melhor não comentar com o marido."


OBSERVAÇÕES DO VINÍCIUS:

1. Escrita teatral - Gêneros literários
2. Relações dramaturgia - Roteiro cinematográfico
3. A dificuldade de escrever um texto sem testá-lo, desde já, na cena
4. Dramaturgia como lugar do discurso do artista
5. Performance - Dramaturgia
6. Dramaturgia - Palavra - Diálogo
7. O desafio do 'começo' / escolha, seleção / mote inspirador
8. Escrita performática
9. Estética contemporânea ?!